
Antes mesmo de Brookback Mountain, a arte literária brasileira, como a de Guimarães Rosa, lá na década de 1950, já tematizava o amor homoerótico. Em Grande Sertão : Veredas, Riobaldo ama Diadorim, seu amigo e, por amor, decide entrar na jagunçagem.
Amanhã começamos nosso Caminho do Sertão Urucuiano, e vamos embalados pelo tema do amor, em travessia, rumo ao sertão, ao infinito, à alegria, ao Rio do Amor!
Salve o povo do sertão! Salve Sagarana! Salve Chapada Gaúcha!
“Ao por tanto, que se ia, conjuntamente, Diadorim e eu, nós dois, como já disse. Homem com homem, de mãos dadas, só se a valentia deles for enorme. Aparecia que nós dois já estávamos cavalhando lado a lado, par a par, a vai-a-vida inteira. Que: coragem – é o que o coração bate; se não, bate falso. Travessia – do sertão – a toda travessia. Só aquele sol, a assaz claridade – o mundo limpava que nem um tremer d’água. Sertão foi feito é para ser sempre assim: alegrias! E fomos. Terras muito deserdadas, desdoadas de donos, avermelhadas campinas. Lá tinha um caminho novo.” (GSV, João Guimarães Rosa)
Texto Fábio Borges / Foto: Lidyane Ponciano / Imagem: Blog Arcano Dezenove